segunda-feira, 7 de julho de 2008

Respeito é bom e nós gostamos!

"O Clube não toca house!"

"O Clube da Luta teve que "partir para a briga" na festa de oito anos do programa Patrola, sábado, no El Divino Club, em Jurerê Internacional. Alegam que a produção da casa descumpriu uma série de quesitos acertados em contrato assinado com a casa. Primeiro foi o corte na ajuda de custo para as quatro bandas (Aerocirco, Maltines, Samambaia Sound Club e Tijuquera). Mas em consideração à turma do Patrola e do público resolveram seguir em frente. O problema foi o sábado, quando o caldo entornou de vez.
Alegam os próceres do Clube que ao chegar lá souberam que mudariam de palco, sem condições para incluir duas bandas ao mesmo tempo, como o programado, além da ausência dos camarins e o atraso na preparação do espaço, o que possibilitou a passagem do som só lá pelas 17h. Moral da história, por falta de condições técnicas Aerocirco não tocou, Maltines e Samambaia Sound Club se apresentaram e Tijuquera fez apenas meio show, mas protestou e muito. Boa parte do público ficou sem entender quando na metade do show da Tijuquera a boy band Fresno ascendeu ao palco principal. A festa ficou dividida, com uma boa vantagem para o palco do Clube. Fresno, por sua vez, não conseguiu causar o apelo esperado pelos organizadores, mas ganhou o melhor palco, a melhor estrutura de som e o melhor cachê (dizem que foi acima dos R$ 10 mil sendo que a ajuda de custo não paga para as quatro bandas do Clube era de R$ 3 mil). Aí foi um festival de protestos. Marcinho da Tijuquera abriu o show desejando boas vindas ao "Floripa Music Hall" e disse que, como pagaram a metade do cachê iriam fazer um meio-show. Meio da Tijuquera e meio do R5. Antes, Jean Mafra e Jaguarito haviam passado uma reprimenda pública e necessária à produção do El Divino pelo que consideravam uma tremenda falta de respeito.
O Clube ouviu do produtor do espaço que "eles nunca iriam tocar mais lá". Oras, muito obrigado por nada! Até porque, se havia um contrato assinado com a casa, que se cumpra. Dizem que o dito produtor nunca ouviu falar do Clube da Luta. Tudo bem ele também desconhece quem é o Andy Rourk, o baixista do The Smiths. Vai ver é porque, no caso do Andy o Clube também não toca house. O que não se tolera é a falta de consideração com o artista.
Exige-se profissionalização dos nossos artistas, mas e a produção destes espaços? A festa foi legítima, mas o público que foi lá também queria ver seus artistas respeitados. Afinal, eles fazem arte e não brincam de "casinha" (ou seja, house)."


Texto extraído do Blog do Marquinhos

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